(ponto de vista dessa poetisa sobre 'sozinho com todo mundo' de Charles Bukowski)
A carne cobre os ossos
e debaixo dela
o desejo lateja.
Não se acha o par ideal
então dá-se um jeito
com o imperfeito mesmo.
Com a mente e nenhuma alma
voltam
à solidão.
Dois sendo dois.
Tornar-se um só
é trabalhoso.
Mas há uma chance qualquer...
Rastejando para dentro e para fora dos leitos
levando consigo o conceito
só. Para fora
raso
vazio
oco.
Carente para dentro.
Riso frouxo,
escarnecido
pela vida
que doeu
em algum ponto.
Confronto.
Preferir ficar sozinho e acabar como o poeta:
Mais uma criatura
atordoada pelo amor.
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