Não consigo separar as palavras ator e carinho.
Carinho consigo, com os outros, com o texto, até mesmo com as diferenças. Uma peça só pulsa se construída carinhosamente.
Tantas possibilidades e às vezes nada encaixa...
Se o carinho estiver esquecido, a auto estima se esvai.
Difícil trabalhar em ambiente hostil.
(Muitos o são).
Egos enormes escancarados e não adianta ter disciplina e prazer no fazer teatral.
Os diretores sempre tem os seus preferidos.
No meio hostil sempre é claro quais os são.
Os atores que tem carinho consigo não caem em armadilhas do ego.
Entregam o jogo, se entregam ao jogo!
Porque, afinal, o fazer teatral é o prazer maior!
Raro ser premiado com um grupo livre de egos.
Obrigada, universo!
Por mostrar que nada se constrói sozinho, o teatro se constrói com amor e pulsação!!!
Por mostrar que assim como as peças e as temporadas, tudo é efêmero!
A vida é efêmera, um sopro que jajá acaba.
Nada que se faça para ser o favorito vale a pena.
O que vale é estar em cena, pleno!
Alma, corpo, mente!
Inteiros dentro da história a ser contada!
Mestra minha tia madrinha Aranha!
Me ensina o que é amor ao teatro!
Carinho, estar presente de fato, respeitar o espaço!
Pulso acelerado!
Carinho por todos os meus colegas atores!
Luz nos nossos caminhos!
Muita cena para nós!!!!
Palco!
Merda!!!
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"Eu uno minha mão à sua, eu uno meu coração ao seu, para que juntos possamos fazer, o que eu não quero, não posso e não vou fazer sozinho. Merda"
Foto by Jennifer Glass
quinta-feira, 29 de maio de 2014
quarta-feira, 21 de maio de 2014
Hightech
Viver é complicado e do outro lado do oceano é também. Não adianta iludir-se pensando que seria de outro se tudo é do jeito que é. Você é do jeito que é. Afinal, somos tantos em um só e por mais centrados e ajuizados sempre acabamos tendo momentos de caos. Além disso tudo, ainda tem os outros com os quais nos relacionamos. E o cansaço que só aumenta ano após ano. Cheios de danos emocionais seguimos adiante e vamos vendo no que vai dar. Frustrações à parte, falta um pouco de generosidade. E gratidão também. Mas tudo bem, consigo entender a amargura. A vida é dura! Mas e daí? O importante é seguir. Sentir está demodê, então só se for escondido. Tem que aparentar ser blasé. Tem que enfiar o coração no cérebro. Calcular, programar, planejar. Nada de amar. Está demodê também. Ame só depois de comprar seu apartamento e conseguir estabilidade no emprego. Ame só depois de cansado do seu próprio bafo. Ame só depois de morto. Ou não ame! Continue juntando dinheiro e talvez amanheça rico um dia. Eu estou demodê. Acredito que amar faz bem pra vida. O pulso acelerado de quando toco sua pele me faz sentir viva. A vida é curta e não quero frear. Quero mais é acelerar. Amar. Morrer de amor se preciso for. Mas sentir que meu coração sou eu inteira, e não um órgão atrofiado preso no cérebro frio e calculista.
sexta-feira, 16 de maio de 2014
Miragem
Este amor
é um equívoco.
Nele fico,
meu vício.
Assumo
em mim
seu gosto...
Dilacera
coração
(congelado
em seu peito).
Meu sangue,
fervendo,
fica frio
ao tentar
reaquecê-lo.
Perde
o ponto
de ebulição.
Perco a linha.
Choro jogada no chão.
Demoro
a entender.
Lá fora o barulho é alto, e aqui dentro também...
é um equívoco.
Nele fico,
meu vício.
Assumo
em mim
seu gosto...
Dilacera
coração
(congelado
em seu peito).
Meu sangue,
fervendo,
fica frio
ao tentar
reaquecê-lo.
Perde
o ponto
de ebulição.
Perco a linha.
Choro jogada no chão.
Demoro
a entender.
Lá fora o barulho é alto, e aqui dentro também...
sábado, 10 de maio de 2014
Mãe
Carrega
nove meses
para sempre.
Planta
semente
colhe
filho
-aquilo
que chama
amor!
Ensina
o ser
a ser.
Impossível
nascer
sem ela.
Mãe:
aquela
estrela
que sempre
brilha.
Ilumina
os caminhos.
Mesmo
sozinhos
estamos
juntos.
Gravada
eterna
no nosso DNA.
para sempre.
Planta
semente
colhe
filho
-aquilo
que chama
amor!
Ensina
o ser
a ser.
Impossível
nascer
sem ela.
Mãe:
aquela
estrela
que sempre
brilha.
Ilumina
os caminhos.
Mesmo
sozinhos
estamos
juntos.
Gravada
eterna
no nosso DNA.
Seu Gosto Na Boca
Acabou a poesia
Procuro palavras mas não encontro
Gostava de como era antes
Seguir adiante
Não adianta entrar em pânico
O sentimento que sai
Agora é outro
Encaro os fatos
E me afasto
Procuro o silêncio
Não acho
Seus lábios gelaram
Um beijo selou meu medo
Morro esperando um espaço
No seu coração empedrado
Se não, morro de desejo
Procuro palavras mas não encontro
Gostava de como era antes
Seguir adiante
Não adianta entrar em pânico
O sentimento que sai
Agora é outro
Encaro os fatos
E me afasto
Procuro o silêncio
Não acho
Seus lábios gelaram
Um beijo selou meu medo
Morro esperando um espaço
No seu coração empedrado
Se não, morro de desejo
quinta-feira, 8 de maio de 2014
Palavra Errada
Não quero a sorte de um amor tranquilo.
Quero abraços sinceros
e um pouco de vinho.
Quero poder me jogar.
Mas calma!
Dizer 'eu te amo'
causa o mesmo efeito
de um xingamento.
É chique agora ser aquilo que não expressa e que não tem pressa.
Mais que tranquilo:
pisa no freio,
senão não tem jeito
- aborta o amor,
esse excêntrico!
Ele veio na hora errada...
Estapafúrdia piada
sem cabimento.
Quero abraços sinceros
e um pouco de vinho.
Quero poder me jogar.
Mas calma!
Dizer 'eu te amo'
causa o mesmo efeito
de um xingamento.
É chique agora ser aquilo que não expressa e que não tem pressa.
Mais que tranquilo:
pisa no freio,
senão não tem jeito
- aborta o amor,
esse excêntrico!
Ele veio na hora errada...
Estapafúrdia piada
sem cabimento.
sábado, 3 de maio de 2014
De Perto Somos Todos Doidos
Por entre o afeto,
correndo,
sedenta passo
passo a passo a seu lado.
Cada carinho
venal,
(matéria prima)
gota a gota
palpita.
Não há o que sacie
a sede
de ver-te.
Consome a noite,
a sorte.
Seu beijo demora
minha rima, meu âmago.
Devora-me não romântico.
Solta ando.
Saltando.
Querendo absorver-te todo.
Aos poucos...
correndo,
sedenta passo
passo a passo a seu lado.
Cada carinho
venal,
(matéria prima)
gota a gota
palpita.
Não há o que sacie
a sede
de ver-te.
Consome a noite,
a sorte.
Seu beijo demora
minha rima, meu âmago.
Devora-me não romântico.
Solta ando.
Saltando.
Querendo absorver-te todo.
Aos poucos...
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