Foto by Jennifer Glass

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

TENTATIVA FRUSTRADA DE SONETO EM HOMENAGEM À SHAKESPEARE E/OU FÊNIX DE CARNAVAL RENASCE NA QUARTA-FEIRA DE CINZAS


a marca da dentada
cravada no pescoço
escorre sangue, provoca o gosto
desperta lágrima açucarada
discorre, não leva à nada
afunda no fundo do poço
da esperança nenhum esboço
nem há corda pendurada
não há cordas no cavaco
para compor um samba canção
restou uma caixa de fósforos e uma vela
não seria mais aquela
mas ainda é a mesma
sempre a velha promessa
partindo da premissa
que não pressa nem nada
nem desespero, nem conto de fadas
caminhar solo na estrada
alguns desencontros
levar porrada
cair e cair e cair
atrevimento levantar
sempre atrevida
entre a vida e a vida
prefere viver
intensamente
para quando chegar a morte
(única possibilidade que não é hipótese!)
passar pela mente
pensamento
missão comprida
missão cumprida
sem corromper a essência
o resto é silêncio

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