Ando inspirada. Aparadas as arestas cicatrizam feridas. A vida, infinita forma de ser patético. Complexo excesso de culpa. Puta medo. Desejo intenso, segundas intenções. Tesões, tensões. Palavras lavam a alma, intacto reflexo do sentimento puro. Ao mar recorro para lavar mágoas. Sal, lágrimas. Um mergulho e o profundo se acalma. Reclamar atrapalha. Transformando estado de espírito e atitudes passadas, amadureço. Permaneço inteiro, intenso. Resto de poeira cósmica que desaparece na lua minguante...
Foto by Jennifer Glass
sábado, 5 de março de 2016
sexta-feira, 4 de março de 2016
Doi(í)do
Tiro a máscara e assumo meu gosto, tão seu. Fui pro céu e pro inferno, e ainda estamos em março. Abraço a crueza, não sei ser sutil. Ando solto, na boca o gosto de espaço queimado e estrelas tristes pela lua morta. A noite fria incomoda quando não está perto. Decerto já esqueceu, outros rostos eram dez, cem, mil, milhões. As desilusões do passado permanecem por onde passo.
Tiro a máscara e assumo meu gosto, tão árido. Caídas no infinito rouco das meias verdades, mentiras inteiras. Úmida vontade de ser sua enquanto noite. Mas a lua está morta, as estrelas são tristes. Todos os caminhos insistem em roubar minhas palavras.
Tiro a máscara e assumo meu gosto, tão tosco. Insignificante alvoroço rebulindo meus medos. Desejos inteiros, intensos. Busco imagens coloridas. Faltam flores e você. Palavras dilaceram minha força, expõem meus segredos.
Tiro a máscara e assumo meu gosto, tão cedo...
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