Foto by Jennifer Glass

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Bukowskiniano

Então foi para treparmos?
Em todo o discurso
palavras decoradas?
Encontramos um jeito de realizar seu fetiche.
E eu ouvindo por anos e anos
para uma noite tão fraca.
A marca que ela deixa é justamente a inexistência!
Uma rapidinha mal dada...
Perder a amizade e respeito por isso...
Não, não consigo.

Para que se afundar no silêncio
e guardar as máculas entaladas?
Para mim são águas passadas...
Não passo um dia sem pensar em ti
Mas no que era antes de tudo
Eu, que sempre te achei um ídolo,
inteligente, talentoso, lindo...
Cheguei a te chamar de calhorda.
Mas você não concorda que poderíamos passar sem isso?

Por isso insisto.
Quero de volta a paz que preciso.
O pior de tudo é o não conflito.
É você não me mandar ir à merda!
Ou me abraçar e dizer que tudo não passou de um engano.
Que não estava nos seus planos perder o respeito...
Quero me calar, mas de que jeito?
Enquanto o tempo passa vou escrevendo mais versos
confessando

implorando
esperando resposta...

Prolixo

Vou escrever um livro inteiro
para conseguir uma resposta?
Um 'não me importa',
ou um 'que se foda'.
O que incomoda
é você em silêncio...
Você, que sempre foi tão falante!
Enquanto noites e dias passam
sem nenhuma palavra tua
de alguma maneira
tento me conformar, (conforme diz o bom senso- que não tenho!)
Por isso escrevo.
Um, dez, cem poemas.
Sem dramas ou lágrimas
apenas vazios almísticos derramados.
Espaços que trago na lembrança de ti.
Me perdoa se insensata te calo...
Se em poesia mato tuas palavras...
Maltrata sua escrava vampira pirada.
Pisa no meu calo.
Fere meu ego.
Assim entrego a você as rédeas da minha poesia...

Na Rua

Um pouco de impiedade...
Fé, força, foco.
Ver as coisas com clareza.
Cumprir o prometido.
Não esmorecer.
Muito trabalho,
mas semana que vem escrevo mais um novo poema.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Rar(efeito)

me desculpe se te ofendi.
me desculpe se te desequilibrei.
quase sempre te quis bem.
e você não vem nem com pedras,
nem com flores.
desprezo total, vácuo.
que pena.
eu que ensaiava um poema...
fico sem jeito de mandar.
se você me ignora,
se a chuva cai lá fora,
ou se eu me resignar...
mas palavras surgirão
como as que surgem agora.
seu desdém me incomoda...
não fica bravo comigo
quero ser teu amigo
não precisa morrer de amores...
apenas diga algo.
seu silêncio dói agudo
nas profundezas de minha alma.