Pronto. Perdi o sono outra vez. Me perdi em meio à memes engraçados, vídeos de cachorrinhos fofos, chá de camomila, memórias do ano passado, textos longos, maracugina, fotos de assados, tragédia no Congo e essa mania cretina de ter pensamentos que são seus. Hoje foram quatro horas e dezesseis minutos sem pensar em você. O amanhã nasce no horizonte e onde quer que eu ande sua imagem me persegue. Você aparece em todos os lugares: nas revistas, em uma nuvem, na neve que cai lá fora, nos pingos da chuva, nos rostos de estranhos, no catchup que coloquei na pizza, no mofo do banheiro... Coração entregue, medo que eu me revele paranoica ou obcecada. Nada do que eu pense ou faça ou diga ou escreva me tira a pulga detrás da orelha. Porque nada acontece? Parece que escolhi você de propósito, a distância alimenta a fome. Enquanto a cidade adormece, desperto. Bem que você podia estar perto, coberto de marcas do meu batom. Sete muralhas nos separam e do lado de dentro, onde se protege dos sentimentos, não entro. Não porque não quero, mas porque e os tijolos são impenetráveis. Imploro que logo passe a vontade, mas a verdade é que quanto mais me esforço para não pensar em você, mais o gosto do seu beijo queima em minha boca. Aí fico parecendo louca, escrevendo textos que só são lidos na França, mas tenho esperança que um dia leia e derreta todo esse gelo que não deixa você ser inteiro...
Quando sentir não tem sentido, escrever desopila o fígado...
#existeamoremSP
Quando sentir não tem sentido, escrever desopila o fígado...
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