querem estar certos, sempre...
mas não tem como estarem certos em relação ao que eu sinto.
nem eu sei ao certo!
sentir é abstrato e a vida não é uma prova em que você tem que acertar sempre.
as vezes só é preciso que sinta.
mas já são três horas da madrugada e então concordo para poder dormir sossegada.
querem ver, mas na luz apagada não enxergam nada.
então erro baixinho, num silêncio profundo e só meu.
os meus erros são meus guias!
deles nasce a minha poesia.
deles morro um dia...
#existeamoremSP
#existepoesiaemSP
#deubrancomastôvoltando
Foto by Jennifer Glass
quinta-feira, 10 de julho de 2014
quinta-feira, 29 de maio de 2014
Afago
Não consigo separar as palavras ator e carinho.
Carinho consigo, com os outros, com o texto, até mesmo com as diferenças. Uma peça só pulsa se construída carinhosamente.
Tantas possibilidades e às vezes nada encaixa...
Se o carinho estiver esquecido, a auto estima se esvai.
Difícil trabalhar em ambiente hostil.
(Muitos o são).
Egos enormes escancarados e não adianta ter disciplina e prazer no fazer teatral.
Os diretores sempre tem os seus preferidos.
No meio hostil sempre é claro quais os são.
Os atores que tem carinho consigo não caem em armadilhas do ego.
Entregam o jogo, se entregam ao jogo!
Porque, afinal, o fazer teatral é o prazer maior!
Raro ser premiado com um grupo livre de egos.
Obrigada, universo!
Por mostrar que nada se constrói sozinho, o teatro se constrói com amor e pulsação!!!
Por mostrar que assim como as peças e as temporadas, tudo é efêmero!
A vida é efêmera, um sopro que jajá acaba.
Nada que se faça para ser o favorito vale a pena.
O que vale é estar em cena, pleno!
Alma, corpo, mente!
Inteiros dentro da história a ser contada!
Mestra minha tia madrinha Aranha!
Me ensina o que é amor ao teatro!
Carinho, estar presente de fato, respeitar o espaço!
Pulso acelerado!
Carinho por todos os meus colegas atores!
Luz nos nossos caminhos!
Muita cena para nós!!!!
Palco!
Merda!!!
<3 font="">3>
"Eu uno minha mão à sua, eu uno meu coração ao seu, para que juntos possamos fazer, o que eu não quero, não posso e não vou fazer sozinho. Merda"
Carinho consigo, com os outros, com o texto, até mesmo com as diferenças. Uma peça só pulsa se construída carinhosamente.
Tantas possibilidades e às vezes nada encaixa...
Se o carinho estiver esquecido, a auto estima se esvai.
Difícil trabalhar em ambiente hostil.
(Muitos o são).
Egos enormes escancarados e não adianta ter disciplina e prazer no fazer teatral.
Os diretores sempre tem os seus preferidos.
No meio hostil sempre é claro quais os são.
Os atores que tem carinho consigo não caem em armadilhas do ego.
Entregam o jogo, se entregam ao jogo!
Porque, afinal, o fazer teatral é o prazer maior!
Raro ser premiado com um grupo livre de egos.
Obrigada, universo!
Por mostrar que nada se constrói sozinho, o teatro se constrói com amor e pulsação!!!
Por mostrar que assim como as peças e as temporadas, tudo é efêmero!
A vida é efêmera, um sopro que jajá acaba.
Nada que se faça para ser o favorito vale a pena.
O que vale é estar em cena, pleno!
Alma, corpo, mente!
Inteiros dentro da história a ser contada!
Mestra minha tia madrinha Aranha!
Me ensina o que é amor ao teatro!
Carinho, estar presente de fato, respeitar o espaço!
Pulso acelerado!
Carinho por todos os meus colegas atores!
Luz nos nossos caminhos!
Muita cena para nós!!!!
Palco!
Merda!!!
<3 font="">3>
"Eu uno minha mão à sua, eu uno meu coração ao seu, para que juntos possamos fazer, o que eu não quero, não posso e não vou fazer sozinho. Merda"
quarta-feira, 21 de maio de 2014
Hightech
Viver é complicado e do outro lado do oceano é também. Não adianta iludir-se pensando que seria de outro se tudo é do jeito que é. Você é do jeito que é. Afinal, somos tantos em um só e por mais centrados e ajuizados sempre acabamos tendo momentos de caos. Além disso tudo, ainda tem os outros com os quais nos relacionamos. E o cansaço que só aumenta ano após ano. Cheios de danos emocionais seguimos adiante e vamos vendo no que vai dar. Frustrações à parte, falta um pouco de generosidade. E gratidão também. Mas tudo bem, consigo entender a amargura. A vida é dura! Mas e daí? O importante é seguir. Sentir está demodê, então só se for escondido. Tem que aparentar ser blasé. Tem que enfiar o coração no cérebro. Calcular, programar, planejar. Nada de amar. Está demodê também. Ame só depois de comprar seu apartamento e conseguir estabilidade no emprego. Ame só depois de cansado do seu próprio bafo. Ame só depois de morto. Ou não ame! Continue juntando dinheiro e talvez amanheça rico um dia. Eu estou demodê. Acredito que amar faz bem pra vida. O pulso acelerado de quando toco sua pele me faz sentir viva. A vida é curta e não quero frear. Quero mais é acelerar. Amar. Morrer de amor se preciso for. Mas sentir que meu coração sou eu inteira, e não um órgão atrofiado preso no cérebro frio e calculista.
sexta-feira, 16 de maio de 2014
Miragem
Este amor
é um equívoco.
Nele fico,
meu vício.
Assumo
em mim
seu gosto...
Dilacera
coração
(congelado
em seu peito).
Meu sangue,
fervendo,
fica frio
ao tentar
reaquecê-lo.
Perde
o ponto
de ebulição.
Perco a linha.
Choro jogada no chão.
Demoro
a entender.
Lá fora o barulho é alto, e aqui dentro também...
é um equívoco.
Nele fico,
meu vício.
Assumo
em mim
seu gosto...
Dilacera
coração
(congelado
em seu peito).
Meu sangue,
fervendo,
fica frio
ao tentar
reaquecê-lo.
Perde
o ponto
de ebulição.
Perco a linha.
Choro jogada no chão.
Demoro
a entender.
Lá fora o barulho é alto, e aqui dentro também...
sábado, 10 de maio de 2014
Mãe
Carrega
nove meses
para sempre.
Planta
semente
colhe
filho
-aquilo
que chama
amor!
Ensina
o ser
a ser.
Impossível
nascer
sem ela.
Mãe:
aquela
estrela
que sempre
brilha.
Ilumina
os caminhos.
Mesmo
sozinhos
estamos
juntos.
Gravada
eterna
no nosso DNA.
para sempre.
Planta
semente
colhe
filho
-aquilo
que chama
amor!
Ensina
o ser
a ser.
Impossível
nascer
sem ela.
Mãe:
aquela
estrela
que sempre
brilha.
Ilumina
os caminhos.
Mesmo
sozinhos
estamos
juntos.
Gravada
eterna
no nosso DNA.
Seu Gosto Na Boca
Acabou a poesia
Procuro palavras mas não encontro
Gostava de como era antes
Seguir adiante
Não adianta entrar em pânico
O sentimento que sai
Agora é outro
Encaro os fatos
E me afasto
Procuro o silêncio
Não acho
Seus lábios gelaram
Um beijo selou meu medo
Morro esperando um espaço
No seu coração empedrado
Se não, morro de desejo
Procuro palavras mas não encontro
Gostava de como era antes
Seguir adiante
Não adianta entrar em pânico
O sentimento que sai
Agora é outro
Encaro os fatos
E me afasto
Procuro o silêncio
Não acho
Seus lábios gelaram
Um beijo selou meu medo
Morro esperando um espaço
No seu coração empedrado
Se não, morro de desejo
quinta-feira, 8 de maio de 2014
Palavra Errada
Não quero a sorte de um amor tranquilo.
Quero abraços sinceros
e um pouco de vinho.
Quero poder me jogar.
Mas calma!
Dizer 'eu te amo'
causa o mesmo efeito
de um xingamento.
É chique agora ser aquilo que não expressa e que não tem pressa.
Mais que tranquilo:
pisa no freio,
senão não tem jeito
- aborta o amor,
esse excêntrico!
Ele veio na hora errada...
Estapafúrdia piada
sem cabimento.
Quero abraços sinceros
e um pouco de vinho.
Quero poder me jogar.
Mas calma!
Dizer 'eu te amo'
causa o mesmo efeito
de um xingamento.
É chique agora ser aquilo que não expressa e que não tem pressa.
Mais que tranquilo:
pisa no freio,
senão não tem jeito
- aborta o amor,
esse excêntrico!
Ele veio na hora errada...
Estapafúrdia piada
sem cabimento.
sábado, 3 de maio de 2014
De Perto Somos Todos Doidos
Por entre o afeto,
correndo,
sedenta passo
passo a passo a seu lado.
Cada carinho
venal,
(matéria prima)
gota a gota
palpita.
Não há o que sacie
a sede
de ver-te.
Consome a noite,
a sorte.
Seu beijo demora
minha rima, meu âmago.
Devora-me não romântico.
Solta ando.
Saltando.
Querendo absorver-te todo.
Aos poucos...
correndo,
sedenta passo
passo a passo a seu lado.
Cada carinho
venal,
(matéria prima)
gota a gota
palpita.
Não há o que sacie
a sede
de ver-te.
Consome a noite,
a sorte.
Seu beijo demora
minha rima, meu âmago.
Devora-me não romântico.
Solta ando.
Saltando.
Querendo absorver-te todo.
Aos poucos...
terça-feira, 29 de abril de 2014
Madrugada
Desperta sentidos disfarçados de nada.
Na calada da noite ouve-se o silêncio e seus ecos.
De perto ninguém é normal.
Mais anormal que isso!
Não há o que explique
esmagar sentimento
goela adentro.
Lutar com os fantasmas
do apartamento de cima
é balela...
comparada àquela
luta que me espera.
Contra a carne ardendo
(cerne da celeuma).
O único som que escuto,
é do fogo que queima,
que ferve meu sangue.
Me deixa acordada
pensando em você...
Na calada da noite ouve-se o silêncio e seus ecos.
De perto ninguém é normal.
Mais anormal que isso!
Não há o que explique
esmagar sentimento
goela adentro.
Lutar com os fantasmas
do apartamento de cima
é balela...
comparada àquela
luta que me espera.
Contra a carne ardendo
(cerne da celeuma).
O único som que escuto,
é do fogo que queima,
que ferve meu sangue.
Me deixa acordada
pensando em você...
segunda-feira, 28 de abril de 2014
Mantra
Ser.
Água,
carbono,
luz e sombras.
Reflexo
do sol.
Astro Rei
de nossa galáxia.
Silêncio!
Estou exercitando as asas...
carbono,
luz e sombras.
Reflexo
do sol.
Astro Rei
de nossa galáxia.
Silêncio!
Estou exercitando as asas...
Doido
Ando
solto.
Na alma,
gosto
de resto de sol.
Tempero com mel,
sal,
semente de linhaça.
Antes
que desfaça,
sonho
um pouco.
Abraço
o tanto tempo
que passo
pensando
em você.
Tento
esquecer.
Na pia a louça suja requer uma solução mais urgente.
solto.
Na alma,
gosto
de resto de sol.
Tempero com mel,
sal,
semente de linhaça.
Antes
que desfaça,
sonho
um pouco.
Abraço
o tanto tempo
que passo
pensando
em você.
Tento
esquecer.
Na pia a louça suja requer uma solução mais urgente.
terça-feira, 22 de abril de 2014
Meia noite no Pari
Volto de um ensaio de Hedda Gabler, e um senhora senta ao meu lado no metrô. Depois de me observar lendo o texto e as notas da direção, ela começa a dizer "é uma libertação esse fim de Eilert Lovborg" eu fico atônita. É uma das falas finais de Hedda, na cena antes dela cometer suicídio, e eu estou estudando o começo da peça, a cena de Hedda com Sra. Elvsted.
Olho bem para ela e a reconheço: Nydia Licia Pincherle. Por um instante me hipnotizo por aqueles olhos azuis.
Ela me pergunta: O que vai fazer agora?
Não sei o que responder, estou cansada e o ensaio foi só esculacho do diretor. Ele não gosta de mim. Respondo: Queria ir para casa chorar.
Ela segura minha mão e fala: Vem comigo, você vai se sentir muito melhor.
Descemos na estação Armênia e começamos a andar em direção ao Pari. Entro no que parece ser um galpão, e lá dentro vejo um palco montado. Um homem più bello passa por mim. É o Walmor Chagas, com seus 35 anos. Nydia me pede para sentar e esperar um pouco que ela já volta. De repente o galpão começa a ficar cheio de gente, todos me olham meio esquisito porque estou de jeans, regata e all star. As pessoas estão extremamente arrumadas e bem vestidas. Toca o primeiro sinal, ainda não estou entendendo nada. Olho para um homem sentado ao meu lado e ele tem um programa de Hedda Gabler nas mãos. A foto da capa é da Nydia moça. Olho bem para o homem. É o Celi! Meu coração vai na boca. Uma mistura de medo e excitação corre em meu corpo. Toca o segundo sinal. Penso se estou morta, eu bem que desejei me atirar nos trilhos do metrô depois daquele ensaio catastrófico. Concluo que devo, então, ter me atirado. Mas não sinto dor. Não estou toda ralada. Só um pouco descabelada. E com a maquiagem borrada por não ter conseguido conter as lágrimas. Toca o terceiro sinal, todos na platéia continuam esperando, a cortina não se abre. Toca o quarto sinal, toca o quinto sinal... O sinal não tem um som de campainha, ou sino, é um sinal diferente de todos que já ouvi no teatro. Toca o sexto sinal, toca o sétimo sinal. Tem um som de bip. Oitavo, nono, décimo, nada acontece. Décimo primeiro, décimo segundo. Acordo!
Decido nunca mais comer rabada com batatas antes de dormir.
Olho bem para ela e a reconheço: Nydia Licia Pincherle. Por um instante me hipnotizo por aqueles olhos azuis.
Ela me pergunta: O que vai fazer agora?
Não sei o que responder, estou cansada e o ensaio foi só esculacho do diretor. Ele não gosta de mim. Respondo: Queria ir para casa chorar.
Ela segura minha mão e fala: Vem comigo, você vai se sentir muito melhor.
Descemos na estação Armênia e começamos a andar em direção ao Pari. Entro no que parece ser um galpão, e lá dentro vejo um palco montado. Um homem più bello passa por mim. É o Walmor Chagas, com seus 35 anos. Nydia me pede para sentar e esperar um pouco que ela já volta. De repente o galpão começa a ficar cheio de gente, todos me olham meio esquisito porque estou de jeans, regata e all star. As pessoas estão extremamente arrumadas e bem vestidas. Toca o primeiro sinal, ainda não estou entendendo nada. Olho para um homem sentado ao meu lado e ele tem um programa de Hedda Gabler nas mãos. A foto da capa é da Nydia moça. Olho bem para o homem. É o Celi! Meu coração vai na boca. Uma mistura de medo e excitação corre em meu corpo. Toca o segundo sinal. Penso se estou morta, eu bem que desejei me atirar nos trilhos do metrô depois daquele ensaio catastrófico. Concluo que devo, então, ter me atirado. Mas não sinto dor. Não estou toda ralada. Só um pouco descabelada. E com a maquiagem borrada por não ter conseguido conter as lágrimas. Toca o terceiro sinal, todos na platéia continuam esperando, a cortina não se abre. Toca o quarto sinal, toca o quinto sinal... O sinal não tem um som de campainha, ou sino, é um sinal diferente de todos que já ouvi no teatro. Toca o sexto sinal, toca o sétimo sinal. Tem um som de bip. Oitavo, nono, décimo, nada acontece. Décimo primeiro, décimo segundo. Acordo!
Decido nunca mais comer rabada com batatas antes de dormir.
domingo, 20 de abril de 2014
Le Coeur
Escrevi pra você
Apaguei a poesia
O que sinto é intenso
E palavras se tornariam feias
Comparadas aos dias sem freio
Ou receio ou anseio
Sentidos plenos
Sem fantasia
Não saberia escrever o final...
Apaguei a poesia
O que sinto é intenso
E palavras se tornariam feias
Comparadas aos dias sem freio
Ou receio ou anseio
Sentidos plenos
Sem fantasia
Não saberia escrever o final...
sexta-feira, 11 de abril de 2014
o comedor de sonhos
Para Glauber Amaral
sonhou
que o sonho era frango
fraco do estômago
comeu com farofa
agora se afoba
com que sonho sonhar?
o que comer quando o sonho acabar?
que o sonho era frango
fraco do estômago
comeu com farofa
agora se afoba
com que sonho sonhar?
o que comer quando o sonho acabar?
(rimar verbo com verbo é feio, mas como é sonho pode comer o verbo!)
quarta-feira, 9 de abril de 2014
Eu queria ser um homem!
Se eu nascesse menino, minha mãe me chamaria Guilherme. Ela diz que quando estava grávida rezava 'por favor não deixa nascer menino'. Minha mãe queria muito uma menina.
Tenho um pensamento que não me sai da cabeça: será que meu cromossomo Y se transformou em X durante o processo de gravidez? Ás vezes me pego tendo atitudes comportamentais consideradas 'masculinas', como por exemplo fazer a hidráulica da casa, ou carregar um armário, ou falar muitos palavrões (esse impulso tem melhorado depois que larguei o áudio, mas, convenhamos, só tem 'mano' no ramo! Palavrão é quase palavra no backstage técnico...).
O mundo tem mais portas abertas para os homens. Nós, mulheres, podemos até bater, bater, incansavelmente, mas salvo raras exceções, as portas não se abrem. Aí pulamos o muro ou entramos pela janela, e o guardinha te pega lá dentro e te expulsa. O mais triste é que geralmente esse guardinha é mulher. Uma mulher que teve sorte de não ser expulsa quando pulou a janela e agora está lá, ajudando a colocar fermento nesse modus operandi.
Talvez eu esteja na TPM, ou talvez tenha constatado que o leão pode até gostar de você, leoa, mas as hienas que o rodeiam lhe comerão viva se tentar se aproximar. Entretanto, se você for leão - ou hiena, a história já é outra...
Em qualquer uma das hipóteses citadas, volto a afirmar, eu queria ser um homem!
Se eu nascesse menino, minha mãe me chamaria Guilherme. Ela diz que quando estava grávida rezava 'por favor não deixa nascer menino'. Minha mãe queria muito uma menina.
Tenho um pensamento que não me sai da cabeça: será que meu cromossomo Y se transformou em X durante o processo de gravidez? Ás vezes me pego tendo atitudes comportamentais consideradas 'masculinas', como por exemplo fazer a hidráulica da casa, ou carregar um armário, ou falar muitos palavrões (esse impulso tem melhorado depois que larguei o áudio, mas, convenhamos, só tem 'mano' no ramo! Palavrão é quase palavra no backstage técnico...).
O mundo tem mais portas abertas para os homens. Nós, mulheres, podemos até bater, bater, incansavelmente, mas salvo raras exceções, as portas não se abrem. Aí pulamos o muro ou entramos pela janela, e o guardinha te pega lá dentro e te expulsa. O mais triste é que geralmente esse guardinha é mulher. Uma mulher que teve sorte de não ser expulsa quando pulou a janela e agora está lá, ajudando a colocar fermento nesse modus operandi.
Talvez eu esteja na TPM, ou talvez tenha constatado que o leão pode até gostar de você, leoa, mas as hienas que o rodeiam lhe comerão viva se tentar se aproximar. Entretanto, se você for leão - ou hiena, a história já é outra...
Em qualquer uma das hipóteses citadas, volto a afirmar, eu queria ser um homem!
*não trabalho com um gênio por ter nascido rotulada mulher heterossexual
(achei melhor o título desse vir no final)
terça-feira, 1 de abril de 2014
Passeio Reflexivo
Noite afora.
Fora do mundo, dentro de mim, que sou o universo todo.
No fundo existem lugares ainda por ir.
Não cheguei aqui sem dor.
Mas tive que aprender (com um cano enfiado nas costelas) a sorrir enquanto está doendo.
Dá um medo olhar pra si mesmo.
Reconhecer os defeitos
e os desejos.
Dá vontade de ficar aqui dentro.
Sorrir faz andar para frente.
Prefiro jogar o jogo do contente:
onde cristais quebrados filtram a luz do sol em cores.
Fora do mundo, dentro de mim, que sou o universo todo.
No fundo existem lugares ainda por ir.
Não cheguei aqui sem dor.
Mas tive que aprender (com um cano enfiado nas costelas) a sorrir enquanto está doendo.
Dá um medo olhar pra si mesmo.
Reconhecer os defeitos
e os desejos.
Dá vontade de ficar aqui dentro.
Sorrir faz andar para frente.
Prefiro jogar o jogo do contente:
onde cristais quebrados filtram a luz do sol em cores.
Incomensurável
(A)Porque você não aproveita o papel de idiota que está fazendo, e assina o recibo também?
(C)Cê acha mesmo?
(A)Sincerão?
(C)Sincerão!
(A- respira fundo e fala, na cara)Acho que você é uma cagona de coração mole. Acorda peste! O mundo está inteiro aí para você descobrir tantas profundezas. E você preocupada com superfícies...
Depois de um breve silêncio mágico, lá embaixo (na Nove de Julho) um motorista enfia o carro no poste. Entre nós apenas olhares e mãos apertadas uma contra a outra. O carro bateu com muita força, parecida com a que tivemos para construir um relacionamento como o nosso. Muitos foram contra, não entenderam. Mas cá estamos, ambos mais fortes, maduros e plenos. Concordamos que crescemos. Que esse amor é joia rara. Que não tem nada no mundo que valha a amizade e lealdade que há entre nós. E que conseguimos desfazer os nós. Criamos laços. Passos que andam sempre lado a lado. E, mesmo se em outro compasso, dançamos a música que a vida toca, ao vivo e sem playback.
(C)Cê acha mesmo?
(A)Sincerão?
(C)Sincerão!
(A- respira fundo e fala, na cara)Acho que você é uma cagona de coração mole. Acorda peste! O mundo está inteiro aí para você descobrir tantas profundezas. E você preocupada com superfícies...
Depois de um breve silêncio mágico, lá embaixo (na Nove de Julho) um motorista enfia o carro no poste. Entre nós apenas olhares e mãos apertadas uma contra a outra. O carro bateu com muita força, parecida com a que tivemos para construir um relacionamento como o nosso. Muitos foram contra, não entenderam. Mas cá estamos, ambos mais fortes, maduros e plenos. Concordamos que crescemos. Que esse amor é joia rara. Que não tem nada no mundo que valha a amizade e lealdade que há entre nós. E que conseguimos desfazer os nós. Criamos laços. Passos que andam sempre lado a lado. E, mesmo se em outro compasso, dançamos a música que a vida toca, ao vivo e sem playback.
domingo, 30 de março de 2014
sábado, 29 de março de 2014
quarta-feira, 26 de março de 2014
Átropos
Sempre esperada
quando chega
o corpo acaba
ou começa a acabar
enquanto Láquesis brinca
na Roda da Fortuna
com o fio que Cloto teceu,
fecha a tesoura
a Moira Morta.
Morrem todos!
quando chega
o corpo acaba
ou começa a acabar
enquanto Láquesis brinca
na Roda da Fortuna
com o fio que Cloto teceu,
fecha a tesoura
a Moira Morta.
Morrem todos!
Morre você,
morro eu.
A terra por cima,
e nada mais importa.
morro eu.
A terra por cima,
e nada mais importa.
Você
Deleito-me
Delicioso delírio
Descoberto entre nós
Sós
Ou a sós
Estamos
Sem planos, desenganos
Profanos
Formando um par
Perfeito!!
Me enfeito e espero
Sem desespero
Venero
Daqui a pouco as horas passam e cai nos meus braços outra vez
Delicioso delírio
Descoberto entre nós
Sós
Ou a sós
Estamos
Sem planos, desenganos
Profanos
Formando um par
Perfeito!!
Me enfeito e espero
Sem desespero
Venero
Daqui a pouco as horas passam e cai nos meus braços outra vez
quarta-feira, 19 de março de 2014
Poeminha à nova moda antiga
Vá idade
Vaidade minha
Vai tarde
Vaidade minha
Vai tarde
Ah, dor
Ardor constante
Flamejante
Ardor constante
Flamejante
Entranhas abertas
Estranhas
Dispostas inteiras ao seu dispor
Estranhas
Dispostas inteiras ao seu dispor
sexta-feira, 7 de março de 2014
Águas de Março
Rios
Riso solto
Gosto de framboesa
Nada a favor da correnteza
Poupa esforço
A distância
Pare (ser)
Desimportante
Dez vezes mais
Cria força
Mas a paz também é boa
Na água calma
Inflama
O entusiasmo acompanha
Não demora
Abril muda tudo outra vez
(não era essa a poesia que estava presa, mas soltar essas palavras já deu um alívio aqui dentro...)
Riso solto
Gosto de framboesa
Nada a favor da correnteza
Poupa esforço
A distância
Pare (ser)
Desimportante
Dez vezes mais
Cria força
Mas a paz também é boa
Na água calma
Inflama
O entusiasmo acompanha
Não demora
Abril muda tudo outra vez
(não era essa a poesia que estava presa, mas soltar essas palavras já deu um alívio aqui dentro...)
quinta-feira, 6 de março de 2014
Bloqueio Criativo
Tem uma poesia que está.
Aqui,
na ponta dos dedos,
dos desejos.
Mas não sai...
Fica presa pulsando cada vez mais forte.
Enquanto isso a alma quase explode...
Aqui,
na ponta dos dedos,
dos desejos.
Mas não sai...
Fica presa pulsando cada vez mais forte.
Enquanto isso a alma quase explode...
segunda-feira, 3 de março de 2014
Urubu
O polvo tropeça
Urubu pensa que é carniça
Já bica
O polvo não revida
Nem grita
Começa tudo outra vez
Oito vidas
A dor das bicadas
Recheia
Ferida na alma
Pulsa na arte
Incendeia o fundo do (a)mar
Urubu pensa que é carniça
Já bica
O polvo não revida
Nem grita
Começa tudo outra vez
Oito vidas
A dor das bicadas
Recheia
Ferida na alma
Pulsa na arte
Incendeia o fundo do (a)mar
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
Pílula Pós Purgatório
Finjo
Fujo
Ranger dos dentes
De repente
Você
Volta
Importa
Aflito
Antes
Agora
Alívio
Insiste
Imenso
Brinde
Palpite-
Amar
O mar
E você
É todo meu bem querer
Sem máscaras
Cara a cara
Como os amores devem ser
Fujo
Ranger dos dentes
De repente
Você
Volta
Importa
Aflito
Antes
Agora
Alívio
Insiste
Imenso
Brinde
Palpite-
Amar
O mar
E você
É todo meu bem querer
Sem máscaras
Cara a cara
Como os amores devem ser
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
Leviatã
Na minha bagunça compassada
Cada passo a passo
Pulsa
Em direção ao nada
Na falta afetada
Cada fato
Esfrega
Explode em minha cara
Afaga
Fogo
Faca cega
Estraga entre vãos o afeto
Espera de peito aberto
Mão dadas
Rumo
Concreto
Ao nada
(*Monstro do caos na mitologia fenícia.)
Cada passo a passo
Pulsa
Em direção ao nada
Na falta afetada
Cada fato
Esfrega
Explode em minha cara
Afaga
Fogo
Faca cega
Estraga entre vãos o afeto
Espera de peito aberto
Mão dadas
Rumo
Concreto
Ao nada
(*Monstro do caos na mitologia fenícia.)
Volátil
Enquanto você digere o jantar da semana passada, bebo um destilado e vou pensando no cardápio da semana que vem. Destilando o veneno enxergo tudo acabar imóvel. Na gaveta do móvel está a chave que você deixou, junto com a chave da felicidade. Não tenho mais idade- nem saúde- para brincar de esconde esconde. Contei até dez e deixei que se fosse. Não vou sair por aí procurando estrelas ocultas. Ninguém tem culpa! Era pra ser do jeito que foi. Sem pensar no depois. Agora estou só, com meu whisky sem gelo. Degelando a geleira que você deixou no vão das tuas respostas...
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014
Crônica do Amor de Um Final de Semana
Todo mundo se acha especial. Ou quer ser especial. Todo mundo quer significar bem mais que troca de fluídos. No meio das inseguranças alheias, lotados de vinho, encontraram-se. Partiram logo para o abraço, porque hoje não se pode perder tempo. Tempo é dinheiro, então pediram meia mussarela, meia calabresa e duas taças do vinho da casa. (Para evitar gastar o tempo olhando o cardápio e para evitar gastar dinheiro- o combo estava na promoção por R$19,90, com mousse de chocolate para dois inclusos como sobremesa).
Devoraram a pizza rapidamente (pois o sabor era velho conhecido de ambos), engoliram o vinho. Ela nem olhou para a sobremesa. Já estava satisfeita. Empanturrada de mussarela e calabresa...
Todo mundo quer ser especial. Ou se acha especial. Todo mundo sabe que na verdade não significa nada mais que troca de fluídos. No meio das esperanças alheias viram-se. Partiram logo cada um para um lado, porque amanhã faz calor e carne não serve mais para nada. Tempo e dinheiro, então combinaram que quando acabasse a pizza iriam para casa. (Para evitar desgastar o tempo olhando a relação e para evitar desgastar o dinheiro- oferecendo tempo e atenção para o outro).
Se despediram rapidamente (protocolo conhecido por ambos), engoliram o choro. Ele nem olhou para ela. Já estava satisfeito.
Empanturrado da sobremesa.
Devoraram a pizza rapidamente (pois o sabor era velho conhecido de ambos), engoliram o vinho. Ela nem olhou para a sobremesa. Já estava satisfeita. Empanturrada de mussarela e calabresa...
Todo mundo quer ser especial. Ou se acha especial. Todo mundo sabe que na verdade não significa nada mais que troca de fluídos. No meio das esperanças alheias viram-se. Partiram logo cada um para um lado, porque amanhã faz calor e carne não serve mais para nada. Tempo e dinheiro, então combinaram que quando acabasse a pizza iriam para casa. (Para evitar desgastar o tempo olhando a relação e para evitar desgastar o dinheiro- oferecendo tempo e atenção para o outro).
Se despediram rapidamente (protocolo conhecido por ambos), engoliram o choro. Ele nem olhou para ela. Já estava satisfeito.
Empanturrado da sobremesa.
domingo, 2 de fevereiro de 2014
Rota 69 (ou Como Me Tornei Um Rockstar)
Defenestrou o amor.
Desfalece na calçada.
Embriagada agoniza,
solitária.
Mais uma vodka
e acha a cura.
Jura nunca mais
encarar a cara de pau
atrás de felicidade
ou um pouco de gozo.
Jura nunca mais
dar a cara a tapa.
Jura nunca mais
dar.
E a lua prateada
ri
bem na sua cara.
Sabe que a vodka apaga
-as promessas fracas,
a memória,
a noite passada.
Procura as chaves,
não acha.
Vai dormir na sarjeta outra vez...
Desfalece na calçada.
Embriagada agoniza,
solitária.
Mais uma vodka
e acha a cura.
Jura nunca mais
encarar a cara de pau
atrás de felicidade
ou um pouco de gozo.
Jura nunca mais
dar a cara a tapa.
Jura nunca mais
dar.
E a lua prateada
ri
bem na sua cara.
Sabe que a vodka apaga
-as promessas fracas,
a memória,
a noite passada.
Procura as chaves,
não acha.
Vai dormir na sarjeta outra vez...
segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
IML
Sopro de vida
Fatalidade
Somos frágeis
Bang bang bang bang
Escorre sangue
Turva o dia
Noite em claro
Esperando entender porque
Fatalidade
Somos frágeis
Bang bang bang bang
Escorre sangue
Turva o dia
Noite em claro
Esperando entender porque
quarta-feira, 22 de janeiro de 2014
Blasé
Derrapo
nas farpas
que solta.
Perco a vez,
mas não
perco a calma.
Mostro
a cara
a tapa.
Seu desafeto
me encara,
balela!
Gira
a Terra,
coisas mudam.
Tudo ocorre
como deveria ser.
Enquanto nãos
e outrossim,
por enquanto,
tanto em mim
deseja.
Plena alma no palco,
que 'é sempre onde estou'*.
Maktub!
Como deveria ser...
*antropofagia da fala de Silvinha Werneck em Cacilda!!!, de Zé Celso.
nas farpas
que solta.
Perco a vez,
mas não
perco a calma.
Mostro
a cara
a tapa.
Seu desafeto
me encara,
balela!
Gira
a Terra,
coisas mudam.
Tudo ocorre
como deveria ser.
Enquanto nãos
e outrossim,
por enquanto,
tanto em mim
deseja.
Plena alma no palco,
que 'é sempre onde estou'*.
Maktub!
Como deveria ser...
*antropofagia da fala de Silvinha Werneck em Cacilda!!!, de Zé Celso.
segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
Resposta
Perto de alcançar o desejo
Paralisa
Treme inteiro
Espera passar um mês e volta
Não importa quanto o queira
Agora é tudo ou nada
Foi dada a largada
A cada passo o passado fica para trás
Tanto faz o medo
Desconsiderado, a coragem é o que resta
Hoje é uma porta
Ontem era fresta
Toma desparalisol em gotas
E anda para frente
Enfrenta o desatino
Agora é tudo ou tudo
Paralisa
Treme inteiro
Espera passar um mês e volta
Não importa quanto o queira
Agora é tudo ou nada
Foi dada a largada
A cada passo o passado fica para trás
Tanto faz o medo
Desconsiderado, a coragem é o que resta
Hoje é uma porta
Ontem era fresta
Toma desparalisol em gotas
E anda para frente
Enfrenta o desatino
Agora é tudo ou tudo
sábado, 18 de janeiro de 2014
Santo que Causa
Atira a pedra na janela
Quebra o vidro
Cacos espalham no chão
Enquanto isso um beija flor morre na gaiola
Passa o vento frio
pelo buraco
da janela quebrada
Remenda- saco plástico colado com durex
Nada tão grave
Que durepoxi e um pouco de cola
Não resolvam
Dissolve a esperança
Junto com o sal de frutas
Na água
Enterra o beija flor e arranja um novo vidro
Amanhã o sol nasce
Quebra o vidro
Cacos espalham no chão
Enquanto isso um beija flor morre na gaiola
Passa o vento frio
pelo buraco
da janela quebrada
Remenda- saco plástico colado com durex
Nada tão grave
Que durepoxi e um pouco de cola
Não resolvam
Dissolve a esperança
Junto com o sal de frutas
Na água
Enterra o beija flor e arranja um novo vidro
Amanhã o sol nasce
sexta-feira, 17 de janeiro de 2014
GRAVIDADE
Desce a ladeira
correndo
Morre de medo
Mas corre
Sem freio
Acha feio frear
Prefere cair bonito
Se tiver o azar
Desatina a rir
Corre até o infinito
correndo
Morre de medo
Mas corre
Sem freio
Acha feio frear
Prefere cair bonito
Se tiver o azar
Desatina a rir
Corre até o infinito
quinta-feira, 16 de janeiro de 2014
Santo de Casa(mente)iro
nem eu
conheço
meu olho
reflexo
disléxico
do que sonho
ser
tanto eu
como
você
incomensurável prazer
etéreo
inteiro
da cabeça
aos pés
partiu-se ao meio
desejo
pleno
gosto de céu
molhou
a hora
gasta
nada
passa
à toa
engole
a brasa
acesa
dos pés
à cabeça
embaça
o amor chega, bate na porta e fica lá, esperando respostas...
conheço
meu olho
reflexo
disléxico
do que sonho
ser
tanto eu
como
você
incomensurável prazer
etéreo
inteiro
da cabeça
aos pés
partiu-se ao meio
desejo
pleno
gosto de céu
molhou
a hora
gasta
nada
passa
à toa
engole
a brasa
acesa
dos pés
à cabeça
embaça
o amor chega, bate na porta e fica lá, esperando respostas...
terça-feira, 14 de janeiro de 2014
Ins(Pirada)
Vou mentir
para caber na rima.
Prefiro poesia perfeita...
Candelabro!
Me acabo
em beleza
que soa
palavra.
Solta, não presa.
Seja sentido.
Alucina-se.
Atônita!
Assim continua rimando o amor,
mesmo se só for,
apaixonite aguda!
para caber na rima.
Prefiro poesia perfeita...
Candelabro!
Me acabo
em beleza
que soa
palavra.
Solta, não presa.
Seja sentido.
Alucina-se.
Atônita!
Assim continua rimando o amor,
mesmo se só for,
apaixonite aguda!
segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
ABERTO
Andei meditando
Tanto
Sobre o pressuposto
De sermos diferentes
Tantos e tão
No entanto
Queremos que outros
Sejam
Iguais
Na ideia [Fixa] prolixa
Respeitamos
Nós
Nossos
Posto que não respeitamos todos
Em desrespeito total
Descartamos
Mais que plástico
Ser humano
Animal fantástico
Descarta pele
Pelo, argumento
Descarta respeito
Sobra uma sombra
Crescente
Dentro
Tanto
Sobre o pressuposto
De sermos diferentes
Tantos e tão
No entanto
Queremos que outros
Sejam
Iguais
Na ideia [Fixa] prolixa
Respeitamos
Nós
Nossos
Posto que não respeitamos todos
Em desrespeito total
Descartamos
Mais que plástico
Ser humano
Animal fantástico
Descarta pele
Pelo, argumento
Descarta respeito
Sobra uma sombra
Crescente
Dentro
sábado, 4 de janeiro de 2014
(sobre uma conversa que ouvi na praia)
Da série Movimento Metamórfico Metafórico Mundo Afora:
Você quebrou meu coração,
chorei.
Agora você chora
porque meu irmão quebrou sua cara.
A vida deixa cicatrizes...
Você me deu
vontade de pular da ponte.
Eu te dei 17 pontos no supercílio,
duas costelas quebradas,
e um monte de hematomas.
Troca justa.
Só não venha me chamar de filha da puta,
nem difamar meu nome.
Você não é homem suficiente para encarar outro encontro com a família.
Depois não diga que não avisei!
Você quebrou meu coração,
chorei.
Agora você chora
porque meu irmão quebrou sua cara.
A vida deixa cicatrizes...
Você me deu
vontade de pular da ponte.
Eu te dei 17 pontos no supercílio,
duas costelas quebradas,
e um monte de hematomas.
Troca justa.
Só não venha me chamar de filha da puta,
nem difamar meu nome.
Você não é homem suficiente para encarar outro encontro com a família.
Depois não diga que não avisei!
quarta-feira, 1 de janeiro de 2014
Poeminha de amor do dia primeiro
Vele o ciúme
Me leve na pele
Revele a cerne da carne
Encare a cara que te come
Devore
Demore
Melhor assim
Molhado
Caia seu olhar em mim
Pupilas gustativas
Gosto assim
Seu gosto sem fim
Me leve na pele
Revele a cerne da carne
Encare a cara que te come
Devore
Demore
Melhor assim
Molhado
Caia seu olhar em mim
Pupilas gustativas
Gosto assim
Seu gosto sem fim
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